BEGONIACEAE

Begonia hirtella Link

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Begonia hirtella (BEGONIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

7.012.101,192 Km2

AOO:

460,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre no Brasil, Antilhas, Colômbia e Peru (Smith; Smith, 1971; Cárdenas-López, 2003). No Brasil a espécie ocorre no Pará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina (Jacques, 2012). Também apresenta registro de ocorrência para o Acre, Alagoas, Pernambuco (Kollmann, 2012), Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Paraná (CNCFlora, 2011).Em São Paulo ocorre com maior frequência na região da Serra do Mar (Mamede et al., 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie com potencial ornamental e amplamente distribuída encontrada em diferentes fisionomias da Mata Atlântica e Amazônia. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC) e em áreas alteradas. Dessa maneira, a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente em Enum. Hort. Berol. Alt. 2: 296 1822. A espécie é conhecida vulgarmente por "begônia-peludinha", "azeda", "coração-de-estudante", "erva-de-saracura" (Smith; Smith, 1971).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em Floresta de terra-firme, Floresta Ombrófila Densa Montana e Submontana, restinga e áreas antrópicas (Jacques, 2012; Kollmann, 2012).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3.6 Subtropical/Tropical Moist
Detalhes: Espécie herbácea de até 50 cm, monóica, registros de floração e frutificação ao longo de todo o ano, ocorre em Mata de Terra-Firme, Floresta Ombrófila e restinga, cresce com frequência em áreas com influências antrópicas, em margem de estradas, sobre rochas ou fendas, em locais úmidos (Smith; Smith, 1971; Jacques, 2012; Mamede et al., 2012).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A floresta Amazônica vem sofrendo ao longo dos anos intensodesmatamento, a área cumulativa desmatada na Amazônia legal brasileira chegou acerca de 653 mil km², em 2003, correspondendo a 16,3%. Esse desmatamento vemsendo gerado por especulação de terras, crescimento das cidades, aumento napecuária, exploração madeireira, agricultura familiar e para agroindústria,principalmente cultivo de soja e algodão (Fearnside, 2003; Alencar et al., 2004; Laurance et al., 2004; Ferreira et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Em perigo" (EN). Lista flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Existem registros de ocorrência da espécie na Área de Proteção Ambiental Cairuçu, Parati (RJ) (Melo, 64 RB), na Reserva Ecológica de Guapiaçu, RJ (Engelmann, 0411 RB), no Parque Nacional da Serra da Bocaina, SP (Martinelli, 4686 RB), no Parque Nacional de Sete Quedas, Paraná (Fontella, 1222 RB) e no Parque Estadual da Serra da Tiririca, RJ (Barros, 2511 RB),

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
A espécie é utilizada na forma de chá como diurético, antitérmico e contra cistites, uretrites e diarréia (Smith; Smith, 1971). Suas flores são utilizadas em forma de chá no tratamentos de gripes (Longuefosse; Nossin, 1996).
Uso Proveniência Recurso
Ornamental
A espécie é utilizada como ornamental (Smith; Smith, 1971).